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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os objectivos pretendidos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, padronizadas, politicamente correctas, adormecidas... ou espartilhadas por fórmulas e preconceitos. Embora parte dos seus artigos se possam "condimentar" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade de expressão" com libertinagem de expressão, considerando que "a nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros"(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico, dinâmico, algo corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausado, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas incursões, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell). Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de interessantes sítios a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão abt com alguma dessas correntes... mas tão só a abertura e o consequente o enriquecimento resultantes da análise aos diferentes ideais e correntes de opinião, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais, válidos e úteis, dando especial primazia aos "nossos" blogues autóctones... Uma acutilância aqui, uma ironia ali, uma dica do além... Assim se vai construindo este blogue... Ligue o som e... Boas leituras.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

TRINTA MITOS


TRINTA MITOS


  A novidade foi circulando de boca em boca nas incríveis conversas de café e à revelia dos media locais contratualizados para divulgação institucional, deixando o Cidadão perplexo e na expectativa que o assunto não transpusesse os confins do mito urbano adaptado ao ambiente tubuco, não lhe atribuindo credibilidade durante dois escorreitos meses, sob pena de arriscar no delito de opinião que em Abrantes será mais gravoso do que o tráfico de estupefacientes, até que num cálido dia de verão a confirmação mais ou menos oficial lhe veio cair às mãos... sendo matéria digna de fina entrevista, não no Jornal do Crime mas no Incrível!!!
Como é habitual, houve que fazer um compasso de espera para que os órgãos de comunicação social pudessem “expandir” a notícia oportunamente agarrada pela Rádio Hertz da vizinha Tomar, Rede Regional e demais imprensa nacional, mantendo-se os locais envoltos num silêncio absolutista, de todo contrário às filosofias subsidiadas por Ámuáhamadinejana.
No avassalador tempo de crise onde os movimentos ambientalistas se travam de razões na defesa de espécies arbóreas que são varridas do mapa pelas terraplanagens, dando espaço a vias públicas de domínio privado ou outros empreendimentos turísticos, houve um venturoso olivicultor da Sertã que despachou trinta oliveiras centenárias por módicos sessenta mil euros, fazendo a melhor negociata do ano e evitando que fossem comercializadas como lenha de lareira... 
Quer dizer... Às tantas, quem ganhou com o negócio foi o intermediário...
Melhor explicado, uma iluminada autarca adquiriu por ajuste directo trinta mitos a uma empresa de produção, comercialização e prestação de serviços agro-florestais e ambientais, que só por acaso é gerida pelo pai e irmã do Presidente da Câmara de Proença-a-Nova, onde está sediada, por valor substancialmente superior aos trinta e dois plátanos de semelhante idade ou aos cinco mil oitocentos e cinquenta e seis euros pedidos pela alienação dos quatro mil seiscentos e oitenta e cinco metros quadrados de terreno e respectiva piscina municipal confinados ao Hotel de Turismo situados no Jardim do Alto do Santo António, algures no centro da cidade de Abrantes...
Não configurando o facto, tudo estaria nos conformes se o investimento tivesse sido feito com dinheiros pessoais e destinado a proveito próprio... aflorando-se que de tão aliciante, a oportunidade de negócio terá suplantado a previsibilidade de subsequentes constrangimentos perante a opinião pública...
Constando que a filosofia será a ciência que com a qual ou sem a qual se fica tal e qual e o absolutismo um conceito de todo ultrapassado, ponderou este rapaz entre deixar o olivícola tema entregue à ignorância dos ciberleitores ou esmiuçá-lo objectivamente, tal como são processados os nossos impostos, optando pela segunda hipótese...
Feitas as continhas, cifrou-se em dois mil euros o preço de cada oleácea, valor algo superior aos mil seiscentos e sessenta e sete euros de cada uma das doze iluminárias que há um ano Siza Vieira vendeu à Jácome Ratton de Tomar, somado às despesas com transportes, logística, replantação dos trinta mitos e subsequentes impostos.
Num tempo em que por toda a Nação milhares de agregados familiares passam fome... curtos e grossos são estes enormes bonsais, capazes de deixar qualquer turista japonês de olhos em bico e ao invés do gavião que perde a pena, as suas folhas são perenes, evitando varreduras de terreno e entupimento de esgotos, meditando que devido à avançada idade, as galhas produzirão fraca polpa e ralo caroço...
Rapando os fundilhos aos trinta mitos de difusa sombra, questionaria o ciberleitor sobre a utilidade prática destas azeiteiras, especialmente se fossem transplantadas para o recinto dum Centro Escolar frequentado por outros tantos petizes...
Os juvenis poderiam apadrinhar os trinta troncos cujo fruto decerto não chegaria para untar os trinta piquênos em azeite virgem, atendendo que além de terem que adquirir trinta marquesas, as abarrotadas desinquietudes poriam as trinta belas massagistas de cabeça em água!
Sendo macróbio desde a sua flor, colocar-se-ia a hipótese de extracção do vegetal óleo para desmanche de quebrantos e maus-olhados...
Metiam-se os trinta petizes em fila indiana enquanto trinta auxiliares de acção educativa amparariam trinta pires de café sobre os toutiços dos trinta meninos e a professora verteria trinta mililitros de água benta onde a benzedeira municipal adicionaria uma só gotícula do afamado azeite...
Se o pingo diluísse, significaria que o cachopo traria o Diabo no corpo, se a gota estabilizasse, o menino seria dos abençoados e na terceira hipótese do cocktail produzir cantarinhas, presumia-se que por défice de zonas sombrias no recinto, o petiz se encontraria exposto a calor intenso, diagnosticando os típicos sintomas de insolação...
Pela safra da azeitona sabemos que da queda dos operários redundam graves consequências, pelo que a compleição ergonómica das oliveiras centenárias ajeitar-se-ia a que os petizes lhes trepassem as pernadas de onde mandariam tralhos dignos de fracturar pescoços, mas como ao menino e ao borracho Deus põe a mão por baixo, ainda o destino não lhes estaria traçado, desconhecendo-se a opinião da Associação para a Promoção da Segurança Infantil e demais entidades de direito na salvaguarda da segurança infantil, ou então, contrariando a politica autárquica em reduzir o contingente dos seus colaboradores, os travessos ficariam confinados aos préstimos do vigilante na incumbência de prevenir que  tais acidentes.  
Não passaria pela cabeça de alguém, investir em três dezenas de oliveiras centenárias pela quantia de sessenta mil euros e mais umas massas despejadas em logística, transportes e replantações, exceptuando a hipótese de vencido um ano sobre a inauguração oficialmente registada a 1 de Junho de 2012, esses trinta mitos urbanos fossem replantados no recinto de Escola Básica Maria Lucília Moita, em Abrantes, reforçando a teoria de que as melhores oportunidades de negócio se conseguem em épocas de crise económica, assim sendo gerido o dinheiro dos nossos impostos, subsistindo a dúvida se o valor atribuído à transacção dependerá da orientação sócio-política dos intervenientes, com a salvaguarda dum tronco de descendência Fenícia poder complementar o espólio do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes... 
É caso para supormos que os gestores municipais nos continuam enfiando capacetes persas do século XIX!!!
 Nestes dias em que há rapazes e raparigas desfalecendo de fome envergonhada e indo até ao Centro Escolar averiguar sobre a utilidade atribuída aos valiosos vegetais, conclui-se que ao momento desta postagem, os troncos se destinam a amparar uns quantos espantalhos, pavlovianamente evocando os nossos idosos que ao fim de uma vida de trabalho e descontos...
...o Governo lhes vem cortando nas míseras reformas para assim poder colmatar os juros de tais despautérios...
...ajeitando-se as copas das árvores para os petizes ensaiarem técnicas de construção de cabanas que futuramente venham abrigar os agregados familiares eliminados das estatísticas oficiais, consequentemente entrando em situação de ruptura económica e social após findado o subsidio de desemprego...
"Uma opção conscientemente estratégica para afirmar a importância do concelho de Abrantes na produção de azeite." 
Referiu a responsável autárquica aos órgãos de comunicação social.
Doravante a empresa Victor Guedes, produtora dos azeites Gallo...
...jamais necessitará importar matéria prima da Tunísia e se transferido o equipamento da Rotunda do Olival para o recinto do Centro Escolar... decerto que futuramente ali se formarão excelentes olivicultores!
Denota o modus operandi do município tubuco que de acordo com as conveniências, se propôs-se alargar os seus gabaritos de Autarquia + Familiarmente Negociável,  ao homólogo de Proença-a-Nova...
...repartindo as suas estratégias entre as directivas do deposto governo Socratino e as normas da actual Coligação Passos & Portas, refém da Merkel e oligarquias internacionais.
No caso da remodelação administrativa, aqui d’El Rei que está bem assim!
No que toca a manutenção com pessoal, equipamentos e logística, há que cumprir à risca a política de contenção económica imposta pela Coligação Passos & Portas.
No caso da cooperação público-privada entre a Sociedade Civil & Lda e o município abrantino em torno da corporação dos bombeiros, houve que aproveitar quanto antes a deixa da Coligação Passos & Portas.
 No caso dos megalómanos despesismos circunscritos aos Centros Escolares, vencido um ano após as inaugurações, prossegue a gestão Sócratina até ao último cêntimo, descurando a politica de contenção económica de Gaspar e Passos sob o jugo da Troika e de Portas refém dos submersíveis.
Esta gestão autárquica lembra um cata-vento em busca das brisas mais convenientes aos seus parceiros politico-sociais e de negócios!
“Vejam bem que não há só gaivotas em terra... quando um homem se põe a pensar...”  
 José Afonso bem cantarolava nas suas baladas, sendo no pensamento que este povo continua driblado a tribelas.
Viva o pagode contribuinte, enquanto a cheta for esticando!

1 comentário:

Fátima disse...

Certeiro e demolidor!